Banco de questões: Construção da Moralidade

Durante o período da adolescência, muitos jovens enfrentam dilemas morais que moldam sua percepção sobre o certo e o errado. Esses dilemas frequentemente surgem em situações cotidianas, como a decisão de ajudar um colega a colar em uma prova ou denunciar um ato de bullying. Considerando a construção da moralidade e o desenvolvimento das relações humanas, qual seria a postura mais coerente a ser adotada por um jovem que deseja agir de forma ética e responsável diante de um dilema moral?

Durante uma aula interdisciplinar, que conecta os conceitos filosóficos de ética e moral com os princípios da legislação civil, os alunos são desafiados a analisar um caso hipotético que envolve um dilema moral e suas possíveis soluções. O cenário apresenta um indivíduo que, ao encontrar uma carteira contendo uma quantia significativa de dinheiro e documentos de identidade, se vê diante do conflito entre manter o dinheiro para si ou devolver o pertence ao seu legítimo dono. Considerando a perspectiva de Immanuel Kant, um filósofo que influenciou fortemente o desenvolvimento da ética deontológica, onde o cumprimento do dever moral se sobrepõe às consequências ou intenções dos atos, e aplicando o conhecimento sobre o conceito de justiça em Aristóteles, que afirma que justiça é dar a cada um o que é devido, independentemente das circunstâncias, qual seria a ação moralmente correta a ser tomada pelo indivíduo que se depara com esta situação?

Em uma sociedade contemporânea marcada por rápidas mudanças sociais e tecnológicas, a construção da moralidade muitas vezes precisa se adaptar a novos dilemas éticos que surgem. Considere um cenário onde uma empresa de tecnologia está desenvolvendo inteligência artificial capaz de tomar decisões autônomas que podem impactar diretamente a vida das pessoas. Diante disso, como a moralidade pode ser construída e aplicada para garantir que essas inovações respeitem os valores humanos fundamentais e promovam o bem-estar social?

No âmbito da construção da moralidade, o filósofo Immanuel Kant propõe o imperativo categórico como um princípio universal da conduta ética, afirmando que a moralidade de uma ação não deve ser julgada por suas consequências, mas pelo próprio ato em si e pela máxima que o motiva. Em sua obra 'Fundamentação da Metafísica dos Costumes', Kant afirma: 'Age de tal maneira que possas querer que a máxima de tua ação se torne uma lei universal'. No contexto contemporâneo, a aplicação desse princípio enfrenta uma série de desafios, sobretudo quando consideramos as transformações tecnológicas e suas influências nas relações humanas. A disseminação acelerada das redes sociais, por exemplo, abriu espaço para novas formas de interação e comunicação, mas também levantou questões éticas relacionadas à privacidade, ao discurso de ódio e à disseminação de desinformação. Como o imperativo categórico de Kant poderia ser utilizado para orientar a conduta em ambientes digitais e, ao mesmo tempo, respeitar os princípios morais de autonomia e dignidade humana?